o ano que vem
Camaradas:
o ano que se avinha, afigura-se bastante duro, quer para quem trabalha, que verá os rendimentos do trabalho substancialmente reduzidos, horários de trabalho substancialmente aumentados, bem como os seus direitos contratuais e laborais gravemente afetados; quer para os desempregados, que verão ser reduzidos os subsídios, bem como o tempo em que o mesmo vigora e com a recessão económica que se adivinha, a hipótese de encontrar um novo trabalho serão mais reduzidas que acertar no euromilhões, pelo contrário, o desemprego aumentará em progressão geométrica. Aliás, na falta de coragem para tomar medidas favoráveis aos trabalhadores, o governo aconselha quem está desempregado a... emigrar.
Já houve alguém, salvo erro, Nuno Morais Sarmento, para justificar a privatização da RTP, que disse que o montante que o estado gasta com a RTP daria para pagar uma viagem de volta ao mundo a cada português. Servirá esse dinheiro, da privatização da RTP para financiar a nossa emigração?
Perante a total ignorância da classe trabalhadora, por parte do governo de direita, só nos resta unir-mo-nos e ir à luta. quem luta pode ganhar ou perder, quem fica sossegado perde sempre.
Há que exigir aos dirigentes dos partidos e organizações que se dizem de esquerda que venham para o nosso lado e que nos locais onde (ainda) têm voz, na Assembleia da República, por exemplo, tomem posições intransigentes na defesa dos trabalhadores.
O mesmo apelo dirijo aos dirigentes das organizações de trabalhadores, sindicatos, comissões de trabalhadores, núcleos de empresa, etc. que deixem a sua passividade, que se deixem de colaborar na treta que tem sido a concertação social, chegámos ao fundo, tiraram-nos todos os direitos, nada mais há a negociar, a partir de agora, um só caminho nos pode motivar: exigir os nossos direitos de volta.
Assim, desejo que no novo ano, consigamos unir-nos e travar a luta toda.
jaime crespo
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