O que une estes homens?



Governo italiano, de direita:
Giuseppe Conte, 1º ministro
Matteo Salvini, líder da Liga
Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas
Líder do partido trabalhista inglês tendência de esquerda):
Jeremy Corbyn
Presidente dos Estados unidos da América, partido republicano, “outsider” de direita:
Donald Trump
“outsider”, no partido democrático americano, autointitula-se socialista, obteve uma votação extraordinária quase batendo hilary Clinton nas eleições primárias
"Bernie" Sanders
Presidente do México, eleito pela esquerda, após várias tentativas em que saíra derrotado:
Andrés Obrador
Eleito presidente do Brasil, conotado com a direita:
Jair Bolsonaro

Os políticos situacionistas nunca estiveram tão postos em causa pelos eleitores como agora e seria bom que perdessem aquela arrogância enervante que trazem em si de 2ou nós ou o caos”. Durante anos isso chegou para amedrontar o eleitorado e o manter afastado das franjas políticas tidas por marginais, quer à direita quer à esquerda.
Cada vez mais, o eleitorado cansado e farto de escândalos de toda a ordem, mas principalmente financeiros, passando geralmente impunes, com os partidos do sistema ou do centrão, encobrindo-se uns aos outros, estão cada vez mais a fazer transbordar o copo dos eleitores.
Depois, inconscientes do que se passa à sua volta, esses políticos continuam calmamente a auto desacreditarem-se, não necessitando para isso da ajuda de terceiros, da imprensa ou outros.
Veja-se o caso português em que deputados que não estavam nas sessões o ponto apareceu assinado e receberam como se estivessem presentes ou como na votação do iva dos espetáculos, ao contemplar a tourada também com um iva de 6% como os outros espetáculos, um deputado colocou o seu smartphone a fazer de cornetim e a tocar em plena assembleia o toque que antecede na praça a entrada do touro na arena… assim vão os nossos deputados, numa tourada.
Pois bem, após uma breve pesquisa encontrei alguns pontos que unem os interesses daqueles que votaram em políticos até agora tidos como marginais, à direita e à esquerda, fugindo dos políticos tradicionais e ainda assim isso não representou, até agora, o caos.
Então o que levou os eleitores italianos a votar no seu atual governo, os trabalhistas ingleses a elegerem o improvável Corbyn seu líder, os americanos a elegerem contra todas as expectativas presidente Donald Trump e os democratas a darem uma força enorme ao “socialista” Bernie Sanders, os mexicanos a elegerem um presidente de esquerda Obrador e os brasileiros um de direita Bolsonaro?
A primeira resposta que quase todos dão é porque vai combater a corrupção. Ele(s) não vai roubar, vem logo a seguir. Vai acabar com os tachos e o “amiguismo”. A justiça vai ser para todos (querem dizer que os ricos e os poderosos também irão pagar pelos seus crimes). Vai trazer mais justiça social.
Estas são as semelhanças que encontrei nos discursos dos apoiantes dos políticos aqui referidos, se os seus eleitores vão ver as suas expectativas concretizadas ou não, não sei e tenho dúvidas, para já, aqueles que estão a governar há mais tempo (o governo italiano e Trump), nas sondagens aumentaram a sua aceitação, o que tem deixado comentadores e politólogos com azia Pelo menos não veio o caos e os eleitores noutros países aparecem também mais disponíveis em experimentar propostas políticas marginais.
Depois não digam que não avisei.
Jaime crespo

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