O Bloco de Esquerda e a greve que aí vem


infelizmente, parece-me, que o Bloco de Esquerda se está a condenar a não se repensar nem a fazer-se representar.
o Bloco até trabalha bem a nível parlamentar mas e depois? nas empresas, na rua, onde anda o Bloco?
que contributo, que participação e que preparação tem o Bloco feito para a greve de dia 24?
tinhamos pelo menos um imperativo ético de esquerda que era apelar à participação na greve de todos os trabalhadores precários, com contratos sem termo certo e outros que não vão fazê-la com medo de represálias: não verem o seu contrato renovado ou serem literalmente despedidos pela entidade patronal. tinhamos pois o imperativo de avisar os patrões que esses trabalhadores teriam em nós Bloco uma força que os defenderia e que responderia com represálias à represálias patronais: divulgar o nome do patrão e da empresa na internet, manifestações à porta das instalações até re admitirem o(s) trabalhado(es) despedido(s), apelo ao boicote dos seus produtos ou serviços, elaborar uma lista negra dos maus patrões e das empresas com más práticas em relação aos trabalhadores, etc.
pelo contrário, nós, Bloco, e o PCP através da entrevista que Jerónimo de Sousa deu ao Público, apenas lamentamos a situação de chantagem em que esses trabalhadores vivem e constatar o fato deles não irem fazer greve...
lamento e quando tanta coisa se podia fazer.

jaime crespo

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