a greve geral em discurso direto



Boa tarde:
o que me traz a este contato é o facto de discordar de dois pontos referidos pelo vosso convidado de hoje, o Dr. Luis Gonçalves da Silva.
Um: coloca no mesmo patamar o direito ao trabalho com o direito à greve. Ora o 1º é universal, qualquer pessoa deve ter direito a exercer uma profissão e a ser remunerado e tratado com dignidade por isso. O 2º é um direito particular, quando o direito ao trabalho com dignidade e respeito é posto em causa. Assim, não são direitos que se sobreponham, porque um só aparece quando o outro está posto em causa. Logo, os trabalhadores que furam a greve estão a trair os seus colegas de trabalho e merecem ser discriminados por isso. O papel deles é assim como se de repente um jogador de uma equipa de futebol desatasse a marcar golos na própria baliza. Julgo que nenhum colega ou adepto admitiria impune tal comportamento.
o segundo ponto com o qual discordo do Dr. Luis Silva, é quando ele refere que os patrões convivem bem com as greves e respeitam esse direito... Eles até podem conviver bem com as greves, convivem é muito mal com os grevistas. O sr. Dr. sabe melhor que eu que 95% das nossas empresas são pequenas ou micro, empregam pouca gente, daí a greve ter tido repercussão, no setor privado, apenas em empresas multinacionais ou grandes empresas. Sabe também que desde a alteração ao código do trabalho, na qual ele colaborou, no setor privado mesmo os trabalhadores efetivos podem ser despedidos a qualquer momento, mas a maioria dos trabalhadores no setor privado, estarem privados de contatarem ou serem contatadoas pelos sindicatos e pelos sindicalistas, não tem quem os mobilize, mais de 90% desses trabalhadores tem contratos precários, trabalham a recibo verde, ou contratos sem termo certo. E claro que o patrão ao despedir dará semre outra razão, não vai dizer que despede o trabalhador ou não renova o contrato porque o trabalhador fez greve! Só se for parvo. Há ainda a situação da avaliação, a partir do momento em que o trabalhador por fazer greve pode ser (com outra desculpa) ser avaliado negativamente e aquele que não faz greve recebe avaliação positiva, constitui mais um fator de pressão sobre os trabalhadoresd. Enfim, as retaliações patronais sobre os trabalhadores que fazem greve, ou a ameaça para que eles não a façam, existe, mas é como a corrupção nunca se consegue provar.
Para finalizar, referiu o Dr. Luis Silva que um dia de greve custa ao país 500 milhões de €uros, fico feliz por ter contribuído para esse prejuízo, são esses €uros me3nos que "eles" roubam. Não foram as greves que conduziram o país a esta situação, a Dinamarca, salvo erro, é o país da europa em que se verificam mais dias de greve por ano e vê-se as diferenças entre a Dinamarca e Portugal... Os BPP's e os BPN's e outros casos, daqueles que nunca tem responsáveis nem se consegue provar nada, isso é que levou portugal a este estado de coisas.
Quem roubou que pague o furto!

jaime crespo

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