protestamos para quê?


em frança, jovens dos bairros periféricos, ou os esquecidos de deus, manifestaram-se violentamente incendiando carros nas ruas.
na grécia, já se fizeram cerca de 30 greves gerais e as manifestações prosseguem ao ritmo de cada dia e com cariz violentíssimo.
em espanha e em portugal, manifestantes de todas as idades, etnias e convicções políticas tem enchido ruas e praças em muitas cidades.
para mudar o quê?
em frança, realizaram-se eleições, ganhou o partido socialista e hollande foi eleito presidente prosseguindo uma política com raras nuances da política seguida por sarkozy.
na grécia, as eleições contemplaram alguns dos responsáveis pelo seu afundamento, a direita que trouxe mais cortes e austeridade.
em espanha também ganhou a direita agravando ainda mais a impopular política de zapater e pois claro, mais cortes e austeridade.
agora, na itália, assistimos incrédulos ao regresso de berlusconi em grande, legitimado pelo voto popular.
em portugal, volto a perguntar: protestamos para quê?
cansamo-nos em marchas e manifestações, enrouquecemos a voz a entoar a grândola vila morena para em eleições tro(i)carmos o coelho pelo (in)seguro e este continuar com estas políticas?
penso que a intenção de quem se manifesta e de quem canta não será essa mas de boas intenções está o inferno cheio.
ou encontramos rapidamente a resposta à minha pergunta ou então respondo por antecipação: protestamos para que tudo muda, para que tudo fique na mesma, o mesmo será dizer, para nada.
decidamo-nos!

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